Por que RPGs modernos estão se tornando ‘meio bobos’, diz criador de Diablo

Por que RPGs modernos estão se tornando 'meio bobos', diz criador de Diablo

Os RPGs modernos e MMOs passaram por uma transformação significativa ao longo dos anos, e David Brevik, co-criador de Diablo, não está satisfeito com isso.

Ele argumenta que a mudança para uma experiência de jogo mais rápida e gratificante prejudicou a profundidade e a nuance que os jogos clássicos, como Diablo 2, ofereciam.

A Evolução dos RPGs

A evolução dos RPGs é um reflexo das mudanças nas expectativas dos jogadores e nas tecnologias disponíveis. Nos anos 90, jogos como Diablo 2 estabeleceram um padrão de jogabilidade que exigia tempo e dedicação para alcançar níveis elevados e conquistar itens raros. A experiência era marcada por um grind intenso, onde cada vitória era celebrada e cada loot conquistado tinha um significado especial.

Com o passar do tempo, essa abordagem começou a mudar. Os desenvolvedores perceberam que muitos jogadores buscavam uma experiência mais imediata e menos punitiva. Assim, surgiram RPGs que priorizavam a velocidade e a gratificação instantânea, resultando em um estilo de jogo onde os jogadores podiam eliminar hordas de inimigos rapidamente, coletando recompensas em um ritmo acelerado.

Essa mudança de design, embora atraente para novos jogadores, trouxe à tona um debate sobre o valor da experiência de jogo. Enquanto alguns jogadores apreciam a ação rápida e a facilidade de acesso, outros sentem que a profundidade e a estratégia foram sacrificadas em nome da conveniência.

Além disso, a popularização dos MMOs, como World of Warcraft e Final Fantasy XIV, trouxe novas dinâmicas ao gênero. Esses jogos incentivam a interação social e a cooperação, mas também aceleram o processo de nivelamento e recompensas, o que pode desvalorizar o esforço individual.

Brevik, por exemplo, critica essa tendência, argumentando que a pressa em recompensar os jogadores pode levar a experiências de jogo menos satisfatórias. Ele acredita que a raridade e o desafio devem ser parte integrante do design dos RPGs, proporcionando uma jornada mais gratificante e memorável.

Em resumo, a evolução dos RPGs reflete não apenas as mudanças nas preferências dos jogadores, mas também um dilema sobre como equilibrar a acessibilidade com a profundidade da experiência de jogo. Enquanto os desenvolvedores continuam a explorar novas direções, a discussão sobre o que faz um RPG ser verdadeiramente envolvente permanece mais relevante do que nunca.

A Crítica de David Brevik

A crítica de David Brevik sobre os RPGs modernos e MMOs é um ponto central na discussão sobre a evolução dos jogos.

Brevik, co-criador de Diablo, expressa sua preocupação com a tendência atual de acelerar a experiência de jogo, enfatizando a quantidade em detrimento da qualidade.

Em suas declarações, ele menciona como os jogos atuais incentivam os jogadores a “matar grupos de inimigos rapidamente”, resultando em uma tela cheia de loot que, muitas vezes, não tem valor real.

Para ele, essa abordagem torna o combate uma atividade superficial, onde a verdadeira estratégia e o planejamento são deixados de lado.

Brevik também critica a filosofia de design que prioriza a velocidade de nivelamento.

Ele argumenta que, ao encurtar a jornada do jogador, os desenvolvedores estão “desvalorizando a experiência”.

Em sua visão, a satisfação que vem de um desafio bem enfrentado e de conquistas significativas está sendo sacrificada em nome de uma gratificação instantânea.

Além disso, Brevik observa que essa mudança de foco se estende aos MMORPGs, onde a ênfase na rapidez de progresso pode criar uma experiência de jogo que se sente “meio boba”.

Ele acredita que o que torna um RPG verdadeiramente envolvente é a profundidade dos encontros, a raridade dos loot e a construção de uma narrativa rica que recompensa o jogador por seu tempo e esforço.

Por fim, Brevik ressalta que, embora os jogadores possam se divertir com a ação rápida dos jogos modernos, é importante lembrar do valor que os clássicos, como Diablo 2, trouxeram ao gênero.

Ele defende que a indústria deve encontrar um equilíbrio entre a acessibilidade e a profundidade, garantindo que os jogos continuem a oferecer experiências memoráveis e gratificantes.

Conclusão

A discussão sobre a evolução dos RPGs e a crítica de David Brevik nos levam a refletir sobre o que realmente valorizamos em nossas experiências de jogo.

Enquanto a modernização e a velocidade podem atrair novos jogadores, é essencial não perder de vista a profundidade e o desafio que tornaram os RPGs clássicos tão memoráveis.

Brevik nos lembra que a satisfação e a recompensa de um jogo não devem ser apenas rápidas, mas sim construídas através de uma jornada rica e significativa.

A capacidade de enfrentar desafios, conquistar loot raros e desfrutar de uma narrativa envolvente são elementos que não podem ser subestimados.

À medida que a indústria continua a evoluir, é crucial encontrar um equilíbrio que permita a acessibilidade sem sacrificar a essência do que torna os RPGs e MMOs tão especiais.

Afinal, o que todos realmente queremos é uma experiência de jogo que nos faça sentir que cada momento investido valeu a pena.

FAQ – Perguntas frequentes sobre a crítica de David Brevik aos RPGs modernos

Qual é a principal crítica de David Brevik sobre os RPGs modernos?

Brevik critica a tendência de acelerar a experiência de jogo, priorizando a quantidade de combate em detrimento da qualidade e profundidade das experiências.

Como a evolução dos RPGs afetou a experiência do jogador?

A evolução trouxe jogos que oferecem recompensas rápidas, mas isso pode desvalorizar a jornada e os desafios que tornam os RPGs clássicos tão gratificantes.

Quais elementos Brevik considera essenciais em um RPG?

Ele acredita que a raridade dos loot, a profundidade dos encontros e uma narrativa rica são fundamentais para uma experiência de jogo envolvente.

O que Brevik pensa sobre a velocidade de nivelamento nos MMORPGs?

Brevik acha que a ênfase na rapidez de nivelamento pode criar uma experiência de jogo superficial, que não proporciona um verdadeiro desafio.

Por que os jogos clássicos, como Diablo 2, ainda são relevantes hoje?

Jogos clássicos são valorizados por sua profundidade, desafios significativos e o sentimento de conquista que proporcionam aos jogadores.

Como os desenvolvedores podem equilibrar acessibilidade e profundidade em RPGs?

Os desenvolvedores devem considerar a experiência do jogador, garantindo que a acessibilidade não comprometa a riqueza e o desafio que tornam os RPGs especiais.

Gustavo Santos

Sou apaixonado por games desde a infância, e foi essa paixão que me levou a criar o GameRP. Com uma trajetória sólida no universo dos jogos, decidi criar um espaço onde entusiastas e gamers de todas as idades pudessem se reunir, aprender e se divertir. Meu objetivo é trazer notícias frescas, análises detalhadas e coberturas de eventos importantes do mundo dos games, com um foco especial em eSports, lançamentos de novos jogos e tudo que envolve a cultura gamer.

  • Colunista desde: 12/06/2023

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