A história de The Last of Us acompanha Joel e Ellie em um mundo pós-apocalíptico devastado por uma infecção fúngica, explorando temas de amor, perda e escolhas morais. Após a trágica morte de sua filha Sarah, Joel forma um forte vínculo com Ellie, que se torna a chave para a cura da humanidade. No clímax, Joel decide resgatar Ellie em vez de permitir que ela seja usada para a cura, levantando questões sobre o que significa ser humano em um mundo onde a sobrevivência é a prioridade.

O universo de The Last of Us é rico e emocionante, e sua história toca o coração de muitos jogadores. Neste artigo, vamos relembrar os principais eventos do primeiro jogo, desde o trágico início até as reviravoltas que definem Joel e Ellie.

O início do fim

Era setembro de 2013, nos arredores de Austin, Texas. Joel Miller, um pai solteiro, vivia uma noite tranquila com sua filha, Sarah. Ela havia acabado de lhe dar um relógio de presente de aniversário. Tudo parecia normal, até que o telefone tocou no meio da madrugada. Sarah atendeu: era Tommy, o tio dela, pedindo por Joel com voz de quem traz más notícias.

Confusa, ela saiu da cama e desceu as escadas. Antes que pudesse entender o que acontecia, Joel entrou em casa como um furacão, pegou uma arma e trancou a porta. Segundos depois, o vizinho Jimmy surgiu, mas não era mais o mesmo — parecia fora de si, como se algo o tivesse consumido. Ele quebrou a porta de vidro e avançou. Sem escolha, Joel atirou.

Tommy apareceu logo depois com o carro. Os três fugiram pelas ruas, mas a cidade já estava um caos. Pessoas corriam, gritavam, e o trânsito parava tudo. Na tentativa de escapar pela ponte, um infectado — daqueles que pareciam saídos de um pesadelo — atacou o carro. Eles bateram e capotaram. Sarah machucou a perna, e Joel precisou carregá-la nos braços enquanto corriam com Tommy atrás.

No caminho, um soldado apareceu e matou os infectados que os perseguiam. Alívio? Não por muito tempo. Ele recebeu ordens pelo rádio: eliminar Joel e Sarah. Mesmo com Joel implorando, o soldado atirou. Joel caiu, e Sarah acabou baleada no abdômen. Tommy chegou a tempo de abater o militar, mas era tarde. Joel segurou a filha enquanto ela se apagava, sem que ele pudesse fazer nada.

A transformação do mundo

Dezenove anos depois, o mundo mudou drasticamente. Um fungo chamado Cordyceps transformou a maioria das pessoas em criaturas violentas e destruiu tudo que conhecíamos. As cidades se tornaram zonas de quarentena, e a sobrevivência tornou-se a única prioridade.

Em Boston, Ellie, uma garota de apenas 13 anos, chegou sozinha a essa nova realidade. Órfã e cheia de atitude, ela entrou numa escola militar cheia de regras. Mal pisou lá, já encontrou alguns valentões que a cercaram. Foi quando Riley, uma menina destemida, apareceu e botou todos para correr.

O diretor da escola pegou Ellie no flagra e a levou para o escritório dele. Lá, ele deu um sermão, falando sobre os Vaga-lumes, um grupo rebelde que Ellie já conhecia de fama. Ele disse que eles eram perigosos, que bagunçavam a ordem dos militares. Como castigo, mandou Ellie limpar um jipe velho.

Mais tarde, Ellie notou que seu walkman tinha sumido. Suspeita? Riley. Quando a confrontou, a garota admitiu o “roubo” e devolveu o aparelho, zoando o gosto musical dela. Naquela noite, Ellie viu Riley pulando o muro da escola e decidiu ir atrás, até que sua amiga tentou mandá-la voltar, mas Ellie ameaçou gritar e chamar os guardas. Sem saída, Riley cedeu e levou a colega numa aventura pelos telhados da cidade.

Ellie e Riley: uma amizade intensa

Enquanto pulavam de prédio em prédio, Riley abriu o jogo: logo faria 16 anos e seria obrigada a entrar pro exército. Ela queria fugir antes disso. Mudando de assunto, perguntou se Ellie já tinha montado a cavalo. A resposta foi não. Determinada a mudar isso, Riley levou Ellie até um shopping abandonado. Lá, encontraram Winston, um amigo dela, e trocaram uma garrafa de uísque roubada por uma aula de montaria no cavalo dele.

Ellie adorou o passeio, mas Riley aproveitou para invadir a tenda de Winston e pegar mais coisas. De repente, uma explosão ecoou lá fora. Winston saiu a galope para ver o que era, mandando as duas voltarem para a escola. Só que Riley tinha outros planos: ela roubou o walkie-talkie dele e ouviu que os Vaga-lumes estavam por perto. Sonhando em se juntar a eles, correu atrás do grupo, com Ellie na cola.

As duas encontraram os Vaga-lumes no meio de um tiroteio contra os militares. Riley pegou duas bombas de fumaça e jogou na confusão, ajudando os rebeldes a fugirem. Só que os soldados as viram e abriram fogo. Elas escaparam por pouco, mas o perigo não acabou: um infectado surgiu no telhado e quase pegou Riley. As duas lutaram juntas e o derrubaram. Aliviadas, se abraçaram — até que mais criaturas apareceram. Por sorte, os Vaga-lumes chegaram e mataram os monstros.

Riley contou que foram elas que jogaram as bombas, mas os Vaga-lumes não curtiram a intromissão. Levaram as garotas pro esconderijo deles, onde conheceram Marlene, a líder. Ela soltou as duas e entregou um envelope a Ellie, pedindo que o abrisse depois. Riley tentou se oferecer pro grupo, mas Marlene cortou a ideia, dizendo que a vida deles era dura demais.

De repente, ladrões atacaram o esconderijo. Marlene e os Vaga-lumes acabaram com eles rápido, mas Riley insistiu em provar seu valor. Contou que teve de matar o próprio pai infectado para sobreviver. Marlene não se impressionou e a dispensou. Ellie, irritada, pegou a arma de um guarda e apontou para a líder, exigindo respostas.

Marlene revelou um segredo: conhecia a mãe de Ellie, Anna, e prometeu cuidar dela de longe. O envelope? Uma carta da mãe para a filha. Ellie baixou a arma, emocionada. Antes de irem embora, Marlene deu a ela um canivete que era de Anna. De volta à escola, Ellie leu a carta e chorou, segurando o presente. Dias depois, Riley fugiu de novo e, dessa vez, os Vaga-lumes a aceitaram.

A jornada de Joel e Ellie

Após a tragédia que marcou suas vidas, Joel viveu como contrabandista em Boston. Ele estava acostumado a lidar com o caos do mundo pós-apocalíptico, mas nada poderia prepará-lo para o que estava por vir. A vida de Joel mudou quando ele conheceu Ellie, uma garota que parecia ter uma conexão especial com ele.

Tess, a parceira de Joel, voltou de uma expedição dizendo que uns capangas de Robert, um traficante, roubaram as armas deles. Eles caçaram o alvo, e Tess acabou com ele depois que ele confessou ter passado as armas para os Vaga-lumes. Então, foram atrás do grupo rebelde e encontraram Marlene. Ela devolveu as armas, mas ofereceu um trato maior: levar algo valioso para fora da cidade. O “algo”? Ellie.

No esconderijo de Joel, Tess checou o pagamento com Marlene, enquanto ele ficou com Ellie. Depois, os três partiram pro Capitólio para entregar a garota pros Vaga-lumes. No caminho, uns guardas pararam o trio para escanear infecções. Joel e Tess passaram, mas Ellie surtou, esfaqueou um soldado com o canivete e revelou a mordida de semanas atrás. Joel e Tess ficaram chocados — ninguém sobrevive tanto tempo mordido.

Ellie contou que Marlene via nela a chance de uma cura. Joel duvidou, mas Tess insistiu no plano. Chegaram ao Capitólio, só para achar os Vaga-lumes mortos. Tess mostrou uma mordida recente e pediu para Joel levar Ellie até Tommy, irmão dele, que conhecia os Vaga-lumes. Ficou para trás, enfrentou soldados e morreu para dar tempo aos dois.

Joel e Ellie fugiram para um lugar seguro. Ele botou regra: nada de falar de Tess ou do passado, e Ellie tinha que obedecer, enquanto eles viajavam em silêncio para encontrar Bill, arrumar um carro e ir atrás de Tommy. A dupla pegou uma caminhonete, mas foram atacados em Pittsburgh, e o veículo bateu. A pé, lutaram para escapar e conheceram Henry e Sam, dois irmãos sobreviventes. Num tiroteio, os irmãos sumiram para se salvar, deixando Joel e Ellie para trás.

Os dois seguiram, mas acabaram numa ponte quebrada. Ellie quis pular na água, mesmo sem saber nadar. Joel mandou parar, mas ela pulou, e ele foi atrás, mas acabou apagando depois de levar uma pancada na cabeça. Acordado numa praia, com Ellie, Sam e Henry ao lado, Joel apontou a arma para Henry por tê-los abandonado, mas o aliado se explicou: priorizou o irmão, confiando que Joel se virava. Resolveram seguir juntos.

Os Vaga-lumes e suas intenções

Os Vaga-lumes, um grupo rebelde que se opunha ao regime militar, eram conhecidos por suas ações ousadas e ideais de liberdade. Eles acreditavam que a cura para a infecção poderia ser encontrada em Ellie, a garota que Joel estava protegendo. Marlene, a líder dos Vaga-lumes, tinha um plano audacioso: usar Ellie como cobaia para desenvolver uma vacina que poderia salvar a humanidade.

Durante a jornada, Joel e Ellie tiveram seus primeiros encontros com os Vaga-lumes, que eram tanto aliados quanto ameaças. A relação entre eles era complexa, já que os Vaga-lumes não hesitavam em usar métodos violentos para alcançar seus objetivos. Joel, que já havia perdido muito, se tornava cada vez mais protetor em relação a Ellie, percebendo que ela era sua única razão de viver.

Quando finalmente chegaram ao esconderijo dos Vaga-lumes, Joel e Ellie foram recebidos com desconfiança. Marlene explicou a Ellie que ela era especial e que sua imunidade poderia ser a chave para a cura da infecção que devastou o mundo. Ellie, por sua vez, estava dividida entre a esperança de salvar a humanidade e o medo de perder sua própria vida no processo.

Joel, ao ouvir os planos de Marlene, ficou horrorizado. Ele não poderia permitir que Ellie se tornasse uma vítima em nome de uma causa maior. A ideia de perder Ellie novamente, assim como havia perdido Sarah, era insuportável. A partir desse momento, Joel decidiu que faria qualquer coisa para proteger Ellie, mesmo que isso significasse confrontar os Vaga-lumes e lutar por sua liberdade.

Esse conflito entre Joel e os Vaga-lumes culminou em uma série de eventos dramáticos que testaram não apenas a sobrevivência de ambos, mas também a moralidade de suas ações. A luta de Joel para salvar Ellie se tornaria uma das decisões mais controversas e impactantes da história, levantando questões sobre sacrifício, amor e o que realmente significa ser humano em um mundo desolado.

O destino de Tess

Tess, a parceira de Joel, era uma sobrevivente astuta e determinada, que sempre esteve ao lado dele nas situações mais difíceis. Ao longo da jornada, ela se mostrou uma aliada valiosa, ajudando Joel a navegar pelas complexidades do mundo pós-apocalíptico. No entanto, o destino de Tess estava prestes a mudar de forma trágica.

Durante uma expedição, Tess e Joel descobriram que um grupo rival, liderado por Robert, havia roubado suas armas. Em busca de vingança e de recuperar o que era seu, eles rastrearam Robert até um armazém. A confrontação foi intensa, e Tess não hesitou em agir com bravura, mostrando sua lealdade a Joel e sua determinação em sobreviver.

Após eliminarem Robert, Tess ficou gravemente ferida. Durante a luta, ela foi mordida por um infectado, e a realidade da infecção começou a se instalar. Enquanto Joel tentava manter a esperança, Tess sabia que seu tempo estava se esgotando. Ela fez um último esforço para garantir que Joel e Ellie seguissem em frente, insistindo que ele levasse Ellie até Tommy, o irmão de Joel, que poderia ajudá-los a encontrar os Vaga-lumes.

Antes de se separar, Tess compartilhou um momento emocional com Joel, revelando o quanto ele significava para ela e como sempre lutou para proteger aqueles que amava. Com lágrimas nos olhos, ela pediu que ele não olhasse para trás e que cuidasse de Ellie, a garota que poderia ser a chave para a cura.

Tess ficou para trás, enfrentando soldados em um ato de sacrifício para dar a Joel e Ellie uma chance de escapar. Sua morte foi um ponto de virada significativo na história, não apenas para Joel, que agora carregava a dor da perda, mas também para Ellie, que se tornava a única luz na escuridão que cercava Joel. A determinação de Tess em lutar até o fim ecoou nas ações de Joel, que se tornaria um protetor feroz de Ellie, honrando a memória de sua parceira em cada passo que davam juntos.

A luta pela sobrevivência

A luta pela sobrevivência em um mundo devastado pela infecção era uma batalha constante para Joel e Ellie. Após a perda de Tess, a pressão sobre Joel aumentou, e ele se viu responsável não apenas pela segurança de Ellie, mas também pela sua própria sanidade em meio ao caos.

Enquanto viajavam por cidades abandonadas e áreas infestadas de infectados, eles enfrentavam não apenas os perigos das criaturas, mas também a ameaça de outros sobreviventes. Grupos hostis, desesperados por recursos, se tornaram uma constante, forçando Joel e Ellie a se adaptarem rapidamente e a tomarem decisões difíceis para garantir sua sobrevivência.

Encontro com os Caçadores

Em um momento crítico, Joel e Ellie se depararam com um grupo de caçadores em Pittsburgh. A situação rapidamente se tornou uma luta pela vida, e Joel teve que usar todas as suas habilidades de combate e estratégia para escapar. O tiroteio foi intenso, e eles precisaram se mover rapidamente, utilizando o ambiente a seu favor para evitar serem capturados ou mortos.

Durante essa jornada, Ellie começou a mostrar sua própria força e resiliência. Ela não era mais apenas uma garota a ser protegida; ela se tornou uma parceira ativa, ajudando Joel em momentos cruciais e provando que também poderia lutar pela própria vida. Essa dinâmica fortaleceu o vínculo entre eles, transformando-os em uma verdadeira dupla de sobreviventes.

A luta pela sobrevivência não era apenas física, mas também emocional. Joel lutava contra seus próprios demônios, lembrando-se da perda de Sarah e da dor que isso lhe causou. A cada novo desafio, ele se via mais uma vez confrontado com a fragilidade da vida e a necessidade de proteger Ellie a todo custo. Essa luta constante moldou não apenas suas habilidades, mas também sua humanidade, levando-o a questionar o que estava disposto a fazer para garantir a segurança de Ellie.

Em meio a tudo isso, a relação entre Joel e Ellie se aprofundou. Eles se tornaram uma família em meio à desolação, e cada desafio que enfrentavam juntos solidificava a determinação de Joel de proteger Ellie, não apenas como uma missão, mas como uma promessa de que ele nunca deixaria que ela experimentasse a mesma dor que ele havia sentido.

Os dilemas morais de Joel

Os dilemas morais de Joel se tornaram cada vez mais complexos à medida que sua jornada com Ellie avançava. A luta pela sobrevivência não era apenas física; ela também envolvia decisões difíceis que testavam seus valores e a linha entre certo e errado. Joel, um homem marcado pela perda e pela dor, se viu frequentemente em situações onde suas escolhas poderiam ter consequências devastadoras.

Um dos momentos mais significativos ocorreu quando Joel e Ellie encontraram um grupo de sobreviventes, Henry e Sam. A relação entre eles parecia promissora, mas rapidamente se transformou em um pesadelo. Quando Sam foi infectado e atacou Ellie, Henry, tomado pela dor e pela culpa, cometeu suicídio na frente de Joel e Ellie. Esse evento deixou Joel em um estado de reflexão profunda sobre a fragilidade da vida e a inevitabilidade da perda.

Joel também se deparou com a questão da moralidade em relação à proteção de Ellie. A ideia de que Ellie poderia ser a chave para a cura da humanidade colocava Joel em um conflito interno. Ele amava Ellie como uma filha, mas a possibilidade de sacrificá-la para salvar milhões era um peso que ele não poderia carregar. Essa luta interna se intensificou quando ele finalmente chegou ao Hospital Saint Mary, onde os Vaga-lumes planejavam realizar uma cirurgia em Ellie que poderia custar sua vida.

Em um momento culminante, Joel teve que decidir entre salvar Ellie ou permitir que ela se tornasse uma cobaia para a cura. O amor que ele sentia por Ellie superou qualquer consideração moral, levando-o a tomar a decisão de resgatar a garota, mesmo que isso significasse enfrentar os Vaga-lumes e matar aqueles que estavam apenas seguindo suas ordens.

Essa escolha não foi feita sem consequências. Joel se tornou um anti-herói, um homem que, em nome do amor, estava disposto a sacrificar outros. Ele carregou o fardo de suas ações, sabendo que suas decisões moldariam não apenas o futuro dele e de Ellie, mas também o destino de muitos outros. Os dilemas morais de Joel o tornaram um personagem complexo, lutando com a dualidade de ser um protetor e um assassino, sempre em busca de redenção em um mundo onde a linha entre certo e errado estava cada vez mais borrada.

O clímax no Hospital Saint Mary

O clímax da história de Joel e Ellie ocorre no Hospital Saint Mary, um local que representa tanto esperança quanto desespero. Após uma longa jornada cheia de perigos e perdas, Joel finalmente chega a este hospital, onde os Vaga-lumes planejam realizar uma cirurgia em Ellie para tentar desenvolver uma vacina contra a infecção que devastou o mundo. Essa cirurgia, no entanto, é fatal, pois requer a morte de Ellie.

Ao entrar no hospital, Joel sente a pressão aumentar. Ele sabe que Ellie é a única chance de cura para a humanidade, mas também sabe que isso significaria perder a única pessoa que lhe resta e que se tornou sua razão de viver. A tensão aumenta quando ele é confrontado por membros dos Vaga-lumes, que estão determinados a seguir com o plano, acreditando que a salvação da humanidade justifica qualquer sacrifício.

O momento decisivo acontece quando Joel encontra Ellie inconsciente na mesa de operação. A visão dela, vulnerável e à mercê de estranhos, provoca uma onda de proteção e raiva dentro dele. Ele não hesita em agir. Em uma sequência intensa, Joel enfrenta os médicos e os guardas, usando suas habilidades de combate para abrir caminho até Ellie. Ele não se importa com as consequências; tudo o que importa é salvá-la.

Enquanto luta, Joel se vê forçado a tomar decisões rápidas e brutais. Ele não apenas derruba os Vaga-lumes que tentam detê-lo, mas também elimina o cirurgião que estava prestes a realizar o procedimento. Essa ação é um ponto de não retorno para Joel, que se transforma em um homem que faz qualquer coisa para proteger a pessoa que ama, mesmo que isso signifique se tornar um assassino.

Após resgatar Ellie, Joel foge do hospital, mas não sem enfrentar Marlene, a líder dos Vaga-lumes. Ela tenta convencê-lo de que o sacrifício de Ellie é necessário para o bem maior da humanidade, mas Joel, consumido pelo amor e pela necessidade de proteger Ellie, não hesita em atirar nela. Essa cena finaliza a transformação de Joel em um anti-herói, disposto a fazer o que for necessário para proteger sua “filha”.

O clímax no Hospital Saint Mary não é apenas uma luta física, mas também uma batalha moral. Joel é confrontado com as consequências de suas ações e o peso de suas escolhas. Ele sai do hospital não apenas como um homem que salvou Ellie, mas como alguém que se tornou um fugitivo, marcado por suas decisões e pela dor de um mundo que não poderia mais ser consertado.

O final e suas implicações

O final de The Last of Us é um dos mais impactantes e controversos da história dos videogames. Após a intensa luta de Joel para salvar Ellie do Hospital Saint Mary, a narrativa se desenrola em uma série de momentos que desafiam a moralidade e as escolhas feitas ao longo da jornada.

Depois de escapar do hospital, Joel e Ellie seguem em direção ao assentamento de Tommy, onde a esperança de uma vida normal parece finalmente ao alcance. No entanto, essa esperança é rapidamente ofuscada por uma conversa crucial entre os dois. Ellie, ainda processando tudo o que aconteceu, pergunta a Joel sobre o que realmente aconteceu no hospital e se ele contou a verdade sobre os Vaga-lumes.

Joel, em um ato de proteção e desespero, mente para Ellie, dizendo que os Vaga-lumes desistiram da cura e que havia outros imunes. Essa mentira é um reflexo do profundo amor que ele sente por ela, mas também revela a extensão do seu egoísmo. Ele não pode suportar a ideia de perder Ellie, mesmo que isso signifique enganá-la. Essa decisão marca um momento de ruptura na relação deles, pois Ellie, apesar de aceitar as palavras de Joel, fica com a sensação de que algo está errado.

O final levanta questões profundas sobre sacrifício, amor e a natureza humana. Joel, ao optar por salvar Ellie, sacrifica a chance de cura para a humanidade. Essa escolha, embora compreensível do ponto de vista emocional, tem implicações morais significativas. O que é mais importante: salvar uma vida ou salvar milhões? Joel se torna um símbolo do dilema que muitos enfrentam em tempos de crise.

Além disso, o final deixa os jogadores refletindo sobre as consequências a longo prazo das ações de Joel. A mentira que ele conta a Ellie não apenas altera o curso de suas vidas, mas também coloca em dúvida a possibilidade de um futuro melhor. A relação deles, que começou como uma parceria baseada na sobrevivência, se transforma em uma dinâmica complexa, marcada pela desconfiança e pelo segredo.

Por fim, o final de The Last of Us não oferece respostas fáceis. Ele desafia os jogadores a pensar sobre o que significa ser humano em um mundo onde as escolhas são frequentemente entre o mal e o pior. A história de Joel e Ellie se torna uma reflexão sobre o amor, a perda e as consequências das decisões que tomamos, ressoando muito além do universo dos videogames.

Conclusão

A jornada de The Last of Us é uma narrativa poderosa que explora os temas do amor, perda e moralidade em um mundo devastado.

Desde o trágico início da história de Joel e Ellie até o clímax no Hospital Saint Mary, cada momento é repleto de tensão e emoção.

As escolhas que Joel faz ao longo do caminho não apenas moldam seu caráter, mas também impactam profundamente a vida de Ellie.

O final da história deixa os jogadores com questões complexas sobre sacrifício e a natureza humana.

A decisão de Joel de mentir para Ellie sobre os Vaga-lumes e a cura levanta debates sobre o que significa proteger aqueles que amamos, mesmo que isso signifique sacrificar o bem maior.

Essa dualidade torna a história ainda mais rica e ressoante, convidando os jogadores a refletirem sobre suas próprias escolhas e valores.

Em última análise, The Last of Us não é apenas uma história sobre sobrevivência em um mundo apocalíptico, mas uma profunda exploração das relações humanas e das consequências de nossas ações.

A conexão entre Joel e Ellie transcende a narrativa do jogo, tornando-se um símbolo do que significa amar e lutar em um mundo marcado pela dor e pela desolação.

FAQ – Perguntas Frequentes sobre The Last of Us

Qual é o tema central de The Last of Us?

O tema central de The Last of Us é a luta pela sobrevivência em um mundo pós-apocalíptico, explorando o amor, a perda e as consequências das escolhas morais.

Quem são os personagens principais da história?

Os personagens principais são Joel, um contrabandista endurecido pela perda, e Ellie, uma jovem que se torna sua protegida e representa esperança em meio ao caos.

O que acontece com Tess no jogo?

Tess, a parceira de Joel, é mordida por um infectado durante uma missão e decide sacrificar sua vida para garantir que Joel e Ellie possam escapar.

Qual é a importância do Hospital Saint Mary na história?

O Hospital Saint Mary é onde Joel confronta os Vaga-lumes e toma a decisão de salvar Ellie, mesmo sabendo que isso significa sacrificar a chance de cura para a humanidade.

Como o final do jogo afeta a relação entre Joel e Ellie?

O final do jogo, onde Joel mente para Ellie sobre os Vaga-lumes, altera a dinâmica entre eles, gerando desconfiança e complicações emocionais que marcam a relação.

Quais são as implicações morais das ações de Joel?

As ações de Joel levantam questões sobre o que significa proteger aqueles que amamos, mesmo que isso signifique sacrificar o bem maior, desafiando os jogadores a refletirem sobre suas próprias escolhas.